Fadiga não é só sono: como um programa de gestão de risco salva vidas

Um dos maiores desafios das empresas de transporte e logística está relacionado à fadiga no trânsito. O assunto é abrangente e não trata apenas de sono ao volante.
A fadiga é um estado de cansaço físico e mental que reduz os reflexos, diminui a concentração e compromete significativamente a tomada de decisão do motorista.
Estudos recentes apontam que 60% dos acidentes nas rodovias brasileiras têm como principal causa o cansaço. Mais do que um problema de gestão, a exaustão no trânsito é uma preocupação de saúde pública.
Por isso, é urgente que as empresas adotem iniciativas de prevenção de fadiga, como o uso de tecnologia embarcada e programas de cuidado com a saúde dos motoristas.
Sinais de alerta: identificando a fadiga antes que seja tarde demais
É preciso conhecer o que se combate. Assim, reconhecer com precisão os sinais de fadiga no trânsito é fundamental. Motoristas em exaustão costumam apresentar os seguintes sintomas:
- Bocejos frequentes e pálpebras “pesadas”
- Lapsos de memória
- Dificuldade em manter a faixa de rodagem
- Irritabilidade e perda de paciência
É preciso que gestores de frota e, em especial, os próprios motoristas sejam treinados e fiquem atentos para identificar essas oscilações – e corrigi-las o quanto antes.
Diferença entre fadiga física e mental
Em geral, uma está relacionada a outra e não se manifestam de forma isolada.
A fadiga física tem maior relação com esforço prolongado causado por longas horas de direção, falta de descanso e alimentação adequada. Pouco a pouco, o organismo vai perdendo energia, sem encontrar refúgio para recuperá-la.
Tais sintomas dificilmente irão aparecer de forma isolada. Eles são resultado de esforço prolongado, longas horas de direção e falta de descanso, que acabam por debilitar todo o organismo, prejudicando o estado de vigília.
Por sua vez, a fadiga mental está ligada a altos níveis de estresse, pressão por resultados, excesso de estímulos e problemas pessoais. As causas geralmente demandam um trabalho mais cuidadoso, realizado em várias frentes, com ajustes não só na rotina do motorista, mas também em seu entorno – inclusive na revisão de parâmetros e metas dentro da própria empresa.
Dessa maneira, a solução não está apenas em exigir mais cuidado por parte do motorista. É preciso um plano de gestão de risco de toda a companhia. De nada adianta uma empresa bem estruturada se uma de suas funções mais necessárias está sendo negligenciada.

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A importância de pausas programadas e uma rotina de sono adequada
Um paradigma que deve ser alterado com urgência é o menosprezo pelo descanso.
Pausas regulares durante a jornada são tão importantes quanto o trabalho. O descanso restaura o organismo, condicionando-o a entender quando é tempo de se estar alerta, e quando é hora de repousar.
Por isso, recomenda-se paradas a cada três horas de direção, com momentos de alongamento e alimentação equilibrada: não basta um gole de café para reenergizar adequadamente um corpo cansado.
Além disso, ter uma rotina de sono adequada é indispensável. Dormir menos de seis horas por noite aumenta drasticamente o risco de acidentes.
Esses cuidados devem ser zelados não só pelo motorista, mas também pela empresa. Caso contrário, além do desrespeito com o seu próprio colaborador, a operação como um todo é prejudicada.
Como a cultura da segurança na empresa impacta a prevenção de fadiga
Fica evidente que qualquer programa de gestão de fadiga necessita do alicerce de uma cultura de segurança amplamente difundido na empresa. Isso, desde o início, pede uma revisão de prioridades: que a saúde do motorista esteja à frente dos resultados imediatos.
Claro, todo negócio visa o lucro para se manter sustentável. No entanto, ele não pode ser alcançado de qualquer maneira, a todo custo. O respeito e a saúde de quem colabora diariamente nos esforços devem, sim, ser prioritários.
Para isso, é preciso ainda medidas que estimulem o reporte de sinais de fadiga (em vez de abafá-los), treinamentos periódicos e o reconhecimento de boas práticas.
Uma gestão responsável e de fato sustentável deve considerar a produtividade de longo prazo – afinal, a sustentabilidade de uma operação depende diretamente da saúde e do bem-estar de seus motoristas.
Estratégias de gestão de risco que complementam a tecnologia
Sistemas de monitoramento de comportamento, soluções em telemetria e videotelemetria, câmeras e sensores de fadiga – como os desenvolvidos pela Platform Science – são aliados de valor na gestão de risco.
Entretanto, eles não resolvem o problema por si só e devem estar inseridos em uma estratégia mais ampla. Destacamos abaixo algumas ações complementares:
- Programas de saúde ocupacional: com monitoramento médico e psicológico.
- Campanhas educativas: que reforçam boas práticas de direção, a importância do descanso e da boa alimentação.
- Flexibilidade nas rotas: isso evita sobrecarga em trechos de tráfego intenso (e estresse acumulado) em horários de pico.
- Programas de recompensa: premiações aos motoristas com boas práticas reforçam o comportamento e estimulam a continuidade.
Tais condutas atacam o problema em diversas frentes – e transformam as soluções tecnológicas, fazendo com que elas deixem de ser apenas uma ferramenta de controle para atuarem dentro de um amplo sistema de cuidado.
O papel do gestor e do motorista na construção de uma operação segura
Os resultados tendem a ser mais positivos quando gestores e motoristas atuam em proximidade uns com os outros. A gestão de fadiga deve ser uma responsabilidade compartilhada.
Cabem aos gestores oferecer condições adequadas de trabalho, orientações claras, além de ferramentas que promovam a saúde e a segurança. Cuidar para que o ambiente seja receptivo também é um pré-requisito de quem ocupa o cargo.
Por sua vez, os motoristas devem assumir o compromisso de respeitar seus limites pessoais, adotar hábitos saudáveis, e serem honestos ao comunicar sinais de cansaço e problemas pessoais.
Ao atuar como uma verdadeira equipe, sinergicamente, os resultados surgem de maneira natural: menos acidentes, mais produtividade e ganhos competitivos – e fortalecimento da imagem da empresa no mercado.
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